terça-feira, 23 de junho de 2009

A TAÇA

Suor e sacrifício em cada eliminatória
E nas bancadas multidões bradaram um surdo malefício
Das inesquecíveis evasões da memória.
Aos empurrões roeram todos os ossos do ofício
Aqueles onze leões
Até ao triunfante urro da vitória
Engalanada de verdes ambições.
Da conclusão da história
E do uníssono pânico dos berros
Fará o mundo vista grossa.
Mas o essencial, desta Taça arrancada a ferros,
Foi o proveito da luta metafórica
Nossa, e final.

Lisboa, 1964

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