
de todas as transmutações sofridas
quem me dera existir no outro lado
do nevoeiro que absorve as vidas
quem me dera dormir sobre um rochedo
lambido por um mar e por um cão
quem me dera ignorar o medo
rezar aos astros da minha criação
quem me dera apertar o aor nú
esquecer inteligência e estupidez
comer das mãos um alimento crú
e arrotar algarismos até dez
Lisboa, Maio 1972
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