Que as páginas preciosas- únicas que são -
se abram em escadarias monumentais
vernáculas e prodigiosas
para elevarem todos os ideais
da nossa geração!
Que o diálogo cósmico
das montanhas dum povo
a falarem com astros
transcenda o quadro simbólico
para os lábios se ordenarem - castos
e nos sabermos de novo!
Que o protesto colossal
semeado em graníticos lampejos
da mater terra ruim
modele outros homens - tal qual
pão pão queijo queijo -
como ele até ao fim!
Que a pátria o mereça
nele se releia e reconheça
através do retrato exemplar
que possamos cumprir-lhe a promessa
e o Mestre permaneça
continue a estar!
Lisboa, Maio 1963
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