
prendo-te às raízes da tarde
flutuas no busto da paisagem
e toda tu és árvore
respiro-te este perfume nítido
que desliza pelos desejos húmidos
da breve imaginação fertilizada
e toda tu és húmus
esbarro na limpidez dos teus olhos
castanhos como promessas de Outono
e sobre Naturezas te redimo
do tempo que perdemos de vista
enfim
o sol bateu-nos de novo
nas faces
Guerreiros, Setembro 1955
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