
são estes dias sem sentido
estas horas vazias de projectos
estes meses de trinta nadas
o que não devemos perdoar
são estas euforias prostituídas
estas nevroses domésticas
estas vidas copiadas
o que não devemos perdoar
são estas doses de péssimas intenções
estas caganeiras das inteligências
estas publicidades patrióticas
o que não devemos perdoar
são estes sorrisos facínoras
estas alianças repugnantes
estas penumbras centenárias
estas tácticas homocidas
e denunciadas pelos deuses condenáveis
O que não devemos perdoar
Tercena, Setembro 1977
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