
te escondo
dentro desta existência envergonhada
te respondo
remorsos duma paz exasperada
minha derrota amada
te descubro
te acuso e me perdoo de tudo
te lamento por tanto Amar para nada
minha força destroçada
te arrependo
senhora da frieza enamorada
te perco quanto mais me prendo
à carne por mim fertilizada
minha aberração desejo
te protejo
árvore mulher desflorada
te absolvo dum profundo beijo
minha raíz da geração frustrada
Tercena, Novembro 1979
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