
aqui te fado
para que pagues crimes do sarcasmo imaculado
sedutor de páginas perjuras
aqui te observas
na longínqua semelhança das acções perversas
mestre da maquinação terrível
aqui te obrigas
à submissa fúria das ofensas indizíveis
príncipe do cinismo irrepreensível
aqui te chamo
em nome das virtudes que proclamo
demónio da cupidez florentina
aqui te aceno
armado com punhais e taças de veneno
ditador da lei cruel diamantina
aqui dominas
magnos servidores e humildes amos
dos reinos abastados em ruínas
aqui predominas
e aqui te exclamamos
Tercena, Setembro 1976
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